quinta-feira, 8 de outubro de 2009

INFIDELIDADE PARTIDÁRIA

(editorial)

Foi como se a Justiça Eleitoral não tivesse resolvido, em 2007, que os partidos são os donos das cadeiras ocupadas nas câmaras legislativas pelos candidatos que por eles se elegeram - e que, portanto, perderia o mandato o político que, a qualquer momento, saltasse de uma legenda para a outra, tendo o partido prejudicado o direito de preencher a vaga aberta com o primeiro da lista de seus suplentes.

Nos últimos dias, dezenas de políticos com ou sem mandato que estavam filiados em algum partido, correram a mudar de sigla enquanto houvesse tempo - a um ano das próximas eleições. O chamado instituto da fidelidade partidária, logo se vê, ainda não pegou. Mais uma vez os políticos em trânsito escancararam para a opinião pública que eles só têm compromissos com as suas chances nas urnas e que, na maioria esmagadora dos casos, os partidos não passam de hospedarias em que a entrada e a saída de trânsfugas são reguladas, não pelas leis, muito menos por qualquer coisa parecida com identidade de idéias, mas pelos cálculos de conveniência, não passam de um bando de aventureiros e oportunistas que usam a legenda conseguem benefícios através delas e depois as descartam como se fossem um simples preservativo que depois de usado se joga fora, os partidos têm que ter mais critérios para aceitar qualquer novo filiado, pois se faz necessário uma rigorosa seleção, e não aceitar qualquer aventureiro ! E o povo precisa saber quem são esses aventureiros !

Postado por Roberto Catarino

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